O investimento do Brasil em energia renovável está crescendo exponencialmente Entenda todos os detalhes desse desenvolvimento | Bulbe Energia
O que é energia renovável? De maneira simplificada, é aquela energia obtida por meio de fontes que se regeneram naturalmente ou pela ação adequada do homem, ao contrário dos combustíveis fósseis, que se esgotam com o tempo.
Dito isso, as fontes renováveis são sustentáveis e causam menos impacto ambiental, o que as torna uma opção ideal para o futuro energético. Os exemplos mais conhecidos são a energia solar, eólica, hidráulica, de biomassa, dos oceanos e geotérmica.
No Brasil, a energia hidráulica é a principal fonte renovável, seguida pelo crescimento da energia solar e eólica, especialmente no Nordeste. A biomassa também se destaca como uma alternativa em expansão. Essas fontes são essenciais para diversificar a matriz energética e garantir uma produção de energia mais sustentável.
Sendo assim, para garantir a sustentabilidade e atender ao aumento da demanda de eletricidade, é essencial variar as fontes de energia. A seguir, veja como funciona cada uma dessas fontes de energia renováveis!
Quais são as energias renováveis?
As opções que mais crescem e devem fazer a diferença nesse futuro são a energia solar, a eólica e a de biomassa.
Essas são as principais fontes de energia sustentável, no entanto, existem muitas outras, como:
- maremotriz;
- geotérmica;
- ondomotriz;
- energia de hidrogênio.
Energia Solar
Como a nomeação do conceito sugere, a energia solar é gerada por painéis solares que captam a luz do sol. A conta é simples: quanto maior for a incidência direta de radiação solar, maior é a quantidade de eletricidade convertida pelo processo.
É uma fonte renovável, barata e amplamente utilizada ao redor do planeta, seja por meio de sistemas de painéis particulares, seja por meio de usinas fotovoltaicas que disponibilizam placas para aluguel. O seu crescimento no Brasil passa pelo fato de que até mesmo os locais com menor incidência solar superam o potencial energético da Europa.
Energia Eólica
A energia eólica é produzida por aerogeradores que transformam a força dos ventos em eletricidade. Em alguns modelos tecnológicos, a energia solar também ajuda a movimentar as pás, pois aumentam ainda mais a capacidade energética.
Diversos países, como EUA, Dinamarca e Holanda, já utilizam a energia eólica em larga escala. O Brasil, apesar de manter a produção focada no litoral do Nordeste, tem potencial para crescer, visto que faz parte da lista de dez países mais atraentes para investimento nesse setor.
Biomassa
A energia da biomassa é gerada por meio da combustão ou da fermentação de plantas, excrementos, madeiras e resíduos agrícolas. Ela possui certa proximidade com a energia térmica, sendo diferenciada pelo uso de materiais orgânicos no lugar dos combustíveis fósseis.
Por ser classificada como uma fonte de energia de baixa eficiência, a queima da biomassa é usada com mais frequência em países subdesenvolvidos. O seu potencial é enorme, mas o uso em larga escala ainda depende do manejo correto dos produtos e do avanço tecnológico.
Energia Geotérmica
Essa energia sustentável é obtida por meio da captação do calor proveniente do interior da Terra.
As usinas de energia geotérmica identificam locais com água termal no subsolo e, por meio de tubos, captam o seu vapor. Esse vapor é então utilizado para mover uma turbina e um gerador, produzindo energia elétrica.
Maremotriz
A energia maremotriz, também conhecida como energia das marés, é captada por meio do movimento das águas do oceano. O desnível das águas, causado pelo movimento das marés, produz energia cinética, que é então convertida em energia elétrica e pode ser utilizada por empresas e residências.
Outras soluções pouco poluentes
É sempre bom deixar claro que, mesmo emitindo pouco carbono, algumas fontes de energia reconhecidas ficam de fora da lista. Entre elas estão a energia nuclear e as usinas alimentadas por carvão ou petróleo.
Por mais que o urânio, o carvão e o petróleo sejam considerados elementos naturais, todos os três possuem uma taxa de renovação baixa. Ou seja, tendem a acabar com o passar dos anos, obrigando o país a recorrer a opções alternativas sem o devido planejamento
Quais são as vantagens das energias renováveis?
A transição para fontes de energia renováveis e sustentáveis é cada vez mais essencial para a preservação do nosso planeta e para o bem-estar das próximas gerações.
Alguns dos principais benefícios das energias renováveis para a sociedade, empresas, países e o planeta são:
- economia: trocar fontes de energia não renováveis para energia sustentável pode gerar muita economia na conta de luz. Ao adotar um sistema solar, por exemplo, o consumidor pode reduzir os seus gastos em eletricidade em até 95%;
- redução da poluição: os processos envolvidos na produção de energia renovável são limpos, ou seja, não emitem gases do efeito estufa na atmosfera. Isso resulta em uma melhor qualidade do ar, beneficiando nossa saúde respiratória e diminuindo o risco de doenças;
- preservação de recursos naturais: ao utilizarem recursos naturais renováveis, as fontes de energia limpa colaboram com a conservação de recursos essenciais, que podem ser usufruídos por todos, agora e no futuro;
- diversificação da matriz energética: contar com diversos tipos de fontes renováveis diminui a dependência de uma única fonte elétrica e colabora com a segurança energética.
Quais são as desvantagens das energias renováveis?
Apesar de apresentarem diversas vantagens para a sociedade e o planeta, as fontes renováveis também possuem algumas limitações que precisam ser consideradas. São elas:
- alto investimento inicial: a instalação de projetos de captação de energia renovável requer um investimento significativo em aparelhos e maquinários inovadores e tecnológicos, que podem ter custos elevados.
Assim, consumidores ou empresas precisam realizar um investimento considerável para cobrir os custos iniciais de equipamentos e infraestrutura;
- pouca capacidade de armazenamento: a tecnologia atual ainda não é muito avançada e eficiente para armazenar o excedente gerado por fontes de energia renováveis. As baterias de armazenamento apresentam limitações em termos de capacidade e duração;
- impacto ambiental: embora reduzido em comparação com fontes não renováveis, a produção de energia limpa também gera impactos ambientais. Na construção de usinas hidrelétricas, por exemplo, grandes áreas precisam ser alagadas;
- dependência de fatores externos: a eficiência da produção de energia renovável frequentemente depende de fatores externos, como a incidência solar e a intensidade dos ventos. Isso torna essas fontes mais instáveis e voláteis.
O crescimento das energias renováveis
A incidência solar e a frequência dos ventos são diferentes em cada localidade. Esse fator afasta inúmeras empresas da ideia de se render à energia renovável. Afinal de contas, grandes organizações não podem correr o risco de interromper sua produção por causa de um céu encoberto.
Apesar dessa preocupação ser coerente, a evolução tecnológica e o avanço da regulamentação de geração distribuída estão melhorando o cenário. Um bom exemplo está na possibilidade de se alugar uma cota de energia gerada por usinas que ficam posicionadas onde esses recursos naturais são abundantes.
Inovações como essa permitem que os investimentos em energias renováveis cresçam exponencialmente. Em 2015, por exemplo, 286 bilhões de dólares foram direcionados para o desenvolvimento e a produção de energia solar, de biocombustíveis e a eólica.
O resultado disso foi a não produção de 1,5 gigatonelada de gás carbônico no decorrer do mesmo período (UN NEWS).
As políticas de incentivo à produção de energias renováveis estão surtindo efeito. Em 2023, o mundo quebrou o recorde de aumento da capacidade de produção de fontes sustentáveis, crescendo quase 50% em comparação a 2022 (IEA, 2023).
Atualmente, 30% da energia total produzida globalmente provêm de fontes renováveis. No entanto, esse crescimento ainda é muito desigual, estando majoritariamente concentrado na Ásia.
O cenário da energia renovável no Brasil
Focando na situação brasileira, a Agência Internacional de Energia (IEA) revelou que, entre os anos de 2011 e 2016, nossa capacidade de geração de energia renovável aumentou aproximadamente 32 gigawatts (GW). E a expectativa mais do que positiva é a de que, até 2022, esse número ganhe o acréscimo de mais 21 GW.
Uma das fontes alternativas com mais potencial de crescimento no país é a energia eólica. Em pesquisa realizada no mês de abril do ano passado, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica confirmou essa tendência ao revelar que a geração de eletricidade por meio dos ventos aumentou 17% em relação ao mesmo período de 2019.
Graças às vantagens da geração distribuída, a energia solar é outra fonte renovável que passa por um crescimento interessante. De acordo com a ANEEL, 205.598 conexões desse modelo foram instaladas em todo o Brasil durante 2020. Um aumento de aproximadamente 40% em relação às 122.453 conexões realizadas no ano anterior.
O gráfico acima, divulgado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), mostra como o crescimento do número das instalações refletiu no aumento exponencial da potência instalada. E o fato mais curioso é que esse setor foi um dos poucos que conseguiu bater recordes durante a pandemia.
O uso de painéis solares, sejam eles baseados na geração centralizada, sejam baseados na geração distribuída, cresceu mais de 70% em 2020. Com isso, a potência acumulada ultrapassou a marca de 7,5 gigawatts, aproximando-se da metade da energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu.
Por que está crescendo tanto?
Com os impactos do aquecimento global cada vez mais visíveis e devastadores, muitas pessoas, empresas e países estão se conscientizando sobre seus efeitos ambientais e adotando ações sustentáveis para minimizar esses impactos.
Uma das principais metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU é aumentar significativamente a participação de fontes de energia renováveis na matriz energética global. Nesse contexto, não é surpreendente que a energia renovável esteja em alta.
Alguns outros fatores que ajudam a explicar o crescimento da energia limpa no mundo são:
- aumento do consumo energético global;
- exaustão de recursos naturais utilizados para a produção de energia não renovável, como petróleo e carvão;
- conscientização sobre as consequências da poluição atmosférica;
- aumento dos custos da energia proveniente de fontes “tradicionais”.
Preço e acessibilidade
O aumento constante das contas de luz fez pessoas físicas e empresas olharem com mais atenção para as fontes renováveis. Ao mesmo tempo, os avanços tecnológicos permitiram que equipamentos mais eficientes gerassem quantidades maiores de eletricidade por custos razoavelmente inferiores.
No caso específico da energia solar, por exemplo, o preço das placas fotovoltaicas caiu quase 90% nos últimos anos. Essa acessibilidade influencia tanto no crescimento da instalação de sistemas de placas particulares quanto na construção de usinas especializadas em geração distribuída.
Economia
Seguindo a mesma linha de raciocínio, as energias renováveis despontam como opções mais econômicas quando são comparadas com as altas tarifas de eletricidade que as empresas precisam pagar atualmente. E essa é uma razão que justifica o crescimento desse tipo de produção em território nacional.
O investimento em fontes alternativas se tornou uma solução para quem deseja economizar, cooperar com o meio ambiente e ampliar sua competitividade.
Entre vários exemplos de empresas que recuperaram seus setores financeiros, vale lembrar de como o Cadeg (mercado municipal do Rio de Janeiro) já economizou cerca de 900 mil reais após instalar 5.000 placas fotovoltaicas no telhado.
Regulamentação
A publicação da Resolução 482, em abril de 2012, permitiu que os brasileiros investissem na produção da sua própria energia, suprindo suas necessidades e obtendo créditos de energia em troca do excedente injetado nas redes de distribuição.
Essa regulamentação da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) favoreceu a diversificação energética em todas as instâncias.
Ela também facilitou a construção de usinas controladas por empresas especializadas, incentivou a instalação de sistemas particulares e permitiu que empresas economizassem por meio do aluguel de equipamentos administrados por terceiros.
Importância da sustentabilidade
Para além das esferas públicas, os consumidores estão prestando mais atenção na sustentabilidade como um todo.
Estudo realizado em 2018 pela ONG Akatu, revelou que 62% das causas que influenciam a compra de um produto estão ligadas à sustentabilidade social. Ou seja, além da preocupação com o meio ambiente, os novos consumidores estão interessados em “empresas que cuidam mais das pessoas” (AKATU, 2018).
Esse é o mesmo consumidor que, segundo uma pesquisa do IBOPE Inteligência, tem cada vez mais interesse em gerar energia renovável em suas próprias casas.
O futuro das energias renováveis
A geração de energia por meio da luz solar cresceu 12% no mundo e, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), esse progresso não deve parar. Muito pelo contrário, visto que diversos países pretendem investir em fontes renováveis com o intuito de reduzir substancialmente a emissão de carbono durante a próxima década.
Por conta disso, a tendência é que o uso primário de energias renováveis cresça em torno de 60% nos próximos 30 anos. Segundo a multinacional British Petroleum, esse aumento será uma resposta inevitável à queda das fontes que dependem de combustíveis fósseis.
Não é à toa que a empresa investiu mais de um bilhão de dólares em usinas de energia eólica dos Estados Unidos. Uma decisão estratégica que não ignora a força ainda maior que a energia renovável terá no futuro.
O governo brasileiro também está inserido nesse movimento que visa fortalecer a presença das fontes alternativas na matriz energética. O primeiro passo é finalizar a tramitação, em caráter de urgência, do Projeto de Lei 5829/19 na Comissão de Minas e Energia.
Conhecida popularmente como o Marco Legal da Geração Distribuída, a proposta promete oferecer segurança jurídica e regulatória para quem gera sua própria energia por meio de fontes renováveis. É uma decisão que impediria qualquer retrocesso provocado pelas incertezas políticas e econômicas.
Mais do que isso, a aprovação desse projeto de lei ajudaria a concretizar a projeção feita por Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho da ABSOLAR, em entrevista ao Canal Bioenergia. De acordo com ele, a energia fotovoltaica deve ser a fonte mais representativa da matriz brasileira em 2040.
Tal ideia é apoiada pela estimativa realizada pela Empresa de Pesquisa de Energia (EPE). Conforme a instituição, até 2027 o Brasil terá cerca de 1,35 milhão de consumidores conectados a geradores solares de qualquer natureza.
Um dado que, por sua vez, também se comunica com o relatório da Bloomberg New Energy Finance, que projetou um extraordinário investimento mundial de 4 trilhões de dólares em energia solar até 2050.
Como começar a usar energia renovável?
Começar a utilizar energia renovável é fácil e acessível para todos. Basta seguir algumas ações essenciais listadas abaixo:
- determine a fonte de energia sustentável mais adequada às suas necessidades: se o seu negócio ou residência estiver localizado em uma área com alta incidência solar, por exemplo, a energia fotovoltaica pode ser a mais recomendada;
- pesquise as opções: a instalação de uma planta de produção de energia limpa é um processo complexo que, se realizado corretamente, pode durar muitos anos, até décadas. Antes de adquirir os equipamentos e contratar profissionais, faça uma pesquisa detalhada para encontrar os produtos e serviços ideais;
- calcule os custos iniciais e a economia projetada: esta etapa é essencial para entender exatamente qual será o investimento inicial necessário e em quanto tempo ele será recuperado;
- busque incentivos e subsídios: existem diversos programas de incentivo à adoção de energias renováveis, tanto do governo quanto da iniciativa privada.
Como a Bulbe se encaixa nisso tudo?
O propósito da Bulbe é universalizar o acesso à energia limpa e renovável. Por meio da construção de usinas fotovoltaicas em todo o território mineiro, a empresa espera ampliar o uso primário da energia solar e contribuir para a diversificação da matriz energética do país.
Aproveitando ao máximo a geração distribuída, nosso trabalho consiste no aluguel de placas solares capazes de suprir o consumo da sua empresa de maneira simples, segura, eficiente e barata. Afinal, não é necessário fazer nenhum investimento ou instalação antes de começar a economizar.
Um processo que prioriza a sustentabilidade, colaborando tanto com a economia da sua empresa quanto com a sobrevivência do planeta Terra.
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