O investimento do Brasil em energia renovável está crescendo de forma exponencial. Entenda todos os detalhes desse desenvolvimento.
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O aumento do consumo de combustíveis fósseis, o esgotamento do petróleo e a poluição do meio ambiente são alguns dos fatores que incentivaram a sociedade a procurar por fontes alternativas. Com o tempo, as energias renováveis evoluíram tecnologicamente e se tornaram tendência ao redor do mundo.
Mais do que isso, elas se tornaram uma necessidade. Graças à abundância, às pequenas taxas de poluição e aos valores cada vez mais acessíveis, as energias renováveis foram impulsionadas durante a pandemia da Covid-19. Elas são vistas por diversos especialistas como a melhor opção para diversificar a matriz energética do Brasil e ajudar na recuperação econômica de várias empresas, que viram seus gastos superarem os lucros.
Segundo a professora Sonia Valle Oliveira, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, esse crescimento é irreversível. A participação de energias alternativas no país será maior a cada ano.
Ao mesmo tempo, a busca por modelos de negócios menos custosos e mais sustentáveis também solidifica esse cenário. Um estudo publicado pela PwC Brasil sugere que esse direcionamento deve aproximar o setor energético da meta de emissão zero de carbono.
O dado mais impressionante dessa pesquisa revelou que, durante a pandemia, o sistema elétrico da Grã-Bretanha operou sem ligar as usinas de carvão usadas para completar a demanda. Essa pausa não durava tanto tempo desde o século XIX, e a explicação está justamente no aumento da utilização de fontes renováveis em diversas escalas.
O mesmo movimento de ampliação e fortalecimento está acontecendo no Brasil. Inúmeras pesquisas mostram que o crescimento das fontes renováveis de energia é exponencial, duradouro e merecedor da nossa atenção.
Neste artigo, vamos falar sobre:
- O conceito de energia sustentável e os principais exemplos;
- Os dados que comprovam o crescimento;
- As razões do aumento nos últimos anos;
- O futuro marcado por mais avanços;
- O papel da EMGD nesta jornada.
O que é Energia Renovável?
De maneira simplificada, energia renovável é aquela obtida por meio de fontes que se regeneram naturalmente ou pela ação adequada do homem. Os exemplos mais conhecidos são a energia solar, eólica, hidráulica, de biomassa, dos oceanos e geotérmica.
Essas últimas ainda estão em desenvolvimento no Brasil. Usar a maré surge como uma boa opção devido à grande faixa litorânea do país, enquanto o uso da geotérmica está restrito a pequenas ações, como esquentar a água de parques, como os de Caldas Novas (GO). É uma possibilidade que possui mais espaço em países com ampla atividade vulcânica, uma vez que tal fator garante uma produção constante.
A grande protagonista aqui é aquela que aproveita um dos recursos naturais mais abundantes do nosso território: a água dos rios. A energia hidráulica gera um grande impacto ambiental durante a construção das usinas, mas, é uma fonte renovável e não poluente com capacidade para atender altas demandas durante a maior parte do ano.
Como pode ser visto nos gráficos abaixo, o fato de o Brasil ser um dos líderes na produção desse tipo de energia é um ponto forte. É o aspecto que mantém o país na frente do restante do mundo quando o assunto é aproveitamento de energias renováveis.
Ainda assim, vale ressaltar que a diversidade de alternativas é primordial. Quando o nível dos reservatórios diminui, a saída é recorrer às usinas termelétricas, uma opção mais cara e poluente. Isso sem contar que a construção de uma nova hidrelétrica é um processo caro e demorado.
De acordo com o Plano Nacional de Energia 2050, o aumento populacional vai gerar crescimento no consumo de eletricidade no país. Levando em conta os fatores apresentados acima, o investimento na diversificação de fontes ganha proporções essenciais diante da necessidade de se ampliar a capacidade produtiva do Brasil.
As opções que mais crescem e devem fazer a diferença nesse futuro são a energia solar, a eólica e a de biomassa.
Energia Solar
Como a nomeação do conceito sugere, a energia solar é gerada por painéis solares que captam a luz do sol. A conta é simples: quanto maior for a incidência direta de radiação solar, maior é a quantidade de eletricidade convertida pelo processo.
É uma fonte renovável, barata e amplamente utilizada ao redor do planeta, seja por meio de sistemas de painéis particulares, seja por meio de usinas fotovoltaicas que disponibilizam placas para aluguel. O seu crescimento no Brasil passa pelo fato de que até mesmo os locais com menor incidência solar superam o potencial energético da Europa.
Energia Eólica
A energia eólica é produzida por aerogeradores que transformam a força dos ventos em eletricidade. Em alguns modelos tecnológicos, a energia solar também ajuda a movimentar as pás, aumentando ainda mais a capacidade energética.
Diversos países, como EUA, Dinamarca e Holanda já utilizam a energia eólica em larga escala. O Brasil, apesar de manter a produção focada no litoral do Nordeste, tem potencial para crescer, visto que faz parte da lista de dez países mais atraentes para investimento nesse setor.
Biomassa
A energia da biomassa é gerada por meio da combustão ou da fermentação de plantas, excrementos, madeiras e resíduos agrícolas. Ela possui certa proximidade com a energia térmica, sendo diferenciada pelo uso de materiais orgânicos no lugar dos combustíveis fósseis.
Por ser classificada como uma fonte de energia de baixa eficiência, a queima da biomassa é usada com mais frequência em países subdesenvolvidos. O seu potencial é enorme, mas o uso em larga escala ainda depende do manejo correto dos produtos e do avanço tecnológico.
Outras Soluções Pouco Poluentes
É sempre bom deixar claro que, mesmo emitindo pouco carbono, algumas fontes de energia reconhecidas ficam de fora dessa lista. Entre elas estão a energia nuclear e as usinas alimentadas por carvão ou petróleo.
Por mais que o urânio, o carvão e o petróleo sejam considerados elementos naturais, todos os três possuem uma taxa de renovação baixa. Ou seja, tendem a acabar com o passar dos anos, obrigando o país a recorrer a opções alternativas sem o devido planejamento.
O Crescimento das Energias Renováveis
A incidência solar e a frequência dos ventos são diferentes em cada localidade. Esse fator afasta inúmeras empresas da ideia de se render à energia renovável. Afinal de contas, grandes organizações não podem correr o risco de interromper sua produção por causa de um céu encoberto.
Apesar dessa preocupação ser coerente, a evolução tecnológica e o avanço da regulamentação de geração distribuída estão melhorando o cenário. Um bom exemplo está na possibilidade de se alugar uma cota de energia gerada por usinas que ficam posicionadas onde esses recursos naturais são abundantes.
Inovações como essa permitem que os investimentos em energias renováveis cresçam exponencialmente. Em 2015, por exemplo, 286 bilhões de dólares foram direcionados para o desenvolvimento e a produção de energia solar, de biocombustíveis e a eólica. O resultado foi a não produção de 1,5 gigatonelada de gás carbônico no decorrer do mesmo período (UN NEWS).
Focando na situação brasileira, a Agência Internacional de Energia (IEA) revelou que, entre os anos de 2011 e 2016, nossa capacidade de geração de energia renovável aumentou aproximadamente 32 gigawatts (GW). E a expectativa mais do que positiva é a de que, até 2022, esse número ganhe o acréscimo de mais 21 GW.
Uma das fontes alternativas com mais potencial de crescimento no país é a energia eólica. Em pesquisa realizada no mês de abril do ano passado, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica confirmou essa tendência ao revelar que a geração de eletricidade por meio dos ventos aumentou 17% em relação ao mesmo período de 2019.
Graças às vantagens da geração distribuída, a energia solar é outra fonte renovável que passa por um crescimento interessante. De acordo com a ANEEL, 205.598 conexões desse modelo foram instaladas em todo o Brasil durante 2020. Um aumento de aproximadamente 40% em relação às 122.453 conexões realizadas no ano anterior.
O gráfico acima, divulgado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), mostra como o crescimento do número das instalações refletiu no aumento exponencial da potência instalada. E o fato mais curioso é que esse setor foi um dos poucos que conseguiu bater recordes durante a pandemia.
O uso de painéis solares, sejam eles baseados na geração centralizada, sejam baseados na geração distribuída, cresceu mais de 70% em 2020. Com isso, a potência acumulada ultrapassou a marca de 7,5 gigawatts, aproximando-se da metade da energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu.
Por que está Crescendo Tanto?
Preço e Acessibilidade
O aumento constante das contas de luz fez pessoas físicas e empresas olharem com mais atenção para as fontes renováveis. Ao mesmo tempo, os avanços tecnológicos permitiram que equipamentos mais eficientes gerassem quantidades maiores de eletricidade por custos razoavelmente inferiores.
No caso específico da energia solar, por exemplo, o preço das placas fotovoltaicas caiu quase 90% nos últimos anos. Essa acessibilidade influencia tanto no crescimento da instalação de sistemas de placas particulares quanto na construção de usinas especializadas em geração distribuída.
Economia
Seguindo a mesma linha de raciocínio, as energias renováveis despontam como opções mais econômicas quando são comparadas com as altas tarifas de eletricidade que as empresas precisam pagar atualmente. E essa é uma razão que justifica o crescimento desse tipo de produção em território nacional.
O investimento em fontes alternativas se tornou uma solução para quem deseja economizar, cooperar com o meio ambiente e ampliar sua competitividade. Entre vários exemplos de empresas que recuperaram seus setores financeiros, vale lembrar de como o Cadeg (mercado municipal do Rio de Janeiro) já economizou cerca de 900 mil reais após instalar 5.000 placas fotovoltaicas no telhado.
Regulamentação
A publicação da Resolução 482, em abril de 2012, permitiu que os brasileiros investissem na produção da sua própria energia, suprindo suas necessidades e obtendo créditos de energia em troca do excedente injetado nas redes de distribuição.
Essa regulamentação da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) favoreceu a diversificação energética em todas as instâncias. Facilitou a construção de usinas controladas por empresas especializadas, incentivou a instalação de sistemas particulares e permitiu que empresas economizassem por meio do aluguel de equipamentos administrados por terceiros.
Importância da Sustentabilidade
Para além das esferas públicas, os consumidores estão prestando mais atenção na sustentabilidade como um todo. De acordo com o estudo Deloitte Resources publicado em 2018, 70% das empresas sabem que a fidelização dos consumidores depende da utilização de fontes renováveis em sua produção.
Outro estudo, realizado no mesmo ano pela ONG Akatu, revelou que 62% das causas que influenciam a compra de um produto estão ligadas à sustentabilidade social. Ou seja, além da preocupação com o ambiente, os novos consumidores estão interessados em “empresas que cuidam mais das pessoas” (AKATU, 2018).
Esse é o mesmo consumidor que, segundo uma pesquisa do IBOPE Inteligência, tem cada vez mais interesse em gerar energia renovável em suas próprias casas.
Saiba mais sobre essa evolução dos consumidores conhecidos como prossumidores neste texto especial.
O Futuro das Energias Renováveis
A geração de energia por meio da luz solar cresceu 12% no mundo e, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), esse progresso não deve parar. Muito pelo contrário, visto que diversos países pretendem investir em fontes renováveis com o intuito de reduzir substancialmente a emissão de carbono durante a próxima década.
Por conta disso, a tendência é que o uso primário de energias renováveis cresça em torno de 60% nos próximos 30 anos. Segundo a multinacional British Petroleum, esse aumento será uma resposta inevitável à queda das fontes que dependem de combustíveis fósseis.
Não é à toa que a empresa investiu mais de um bilhão de dólares em usinas de energia eólica dos Estados Unidos. Uma decisão estratégica que não ignora a força ainda maior que a energia renovável terá no futuro.
O governo brasileiro também está inserido nesse movimento que visa fortalecer a presença das fontes alternativas na matriz energética. O primeiro passo é finalizar a tramitação, em caráter de urgência, do Projeto de Lei 5829/19 na Comissão de Minas e Energia.
Conhecida popularmente como o Marco Legal da Geração Distribuída, a proposta promete oferecer segurança jurídica e regulatória para quem gera sua própria energia por meio de fontes renováveis. É uma decisão que impediria qualquer retrocesso provocado pelas incertezas políticas e econômicas.
Mais do que isso, a aprovação desse projeto de lei ajudaria a concretizar a projeção feita por Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho da ABSOLAR, em entrevista ao Canal Bioenergia. De acordo com ele, a energia fotovoltaica deve ser a fonte mais representativa da matriz brasileira em 2040.
Tal ideia é apoiada pela estimativa realizada pela Empresa de Pesquisa de Energia (EPE). Conforme a instituição, até 2027 o Brasil terá cerca de 1,35 milhão de consumidores conectados a geradores solares de qualquer natureza.
Um dado que, por sua vez, também se comunica com o relatório da Bloomberg New Energy Finance, que projetou um extraordinário investimento mundial de 4 trilhões de dólares em energia solar até 2050.
Como a Bulbe se Encaixa nisso Tudo?
O propósito da Bulbe é universalizar o acesso à energia limpa e renovável. Por meio da construção de usinas fotovoltaicas em todo o território mineiro, a empresa espera ampliar o uso primário da energia solar e contribuir para a diversificação da matriz energética do país.
Aproveitando ao máximo a geração distribuída, nosso trabalho consiste no aluguel de placas solares capazes de suprir o consumo da sua empresa de maneira simples, segura, eficiente e barata. Afinal, não é necessário fazer nenhum investimento ou instalação antes de começar a economizar.
Um processo que prioriza a sustentabilidade, colaborando tanto com a economia da sua empresa quanto com a sobrevivência do planeta Terra.
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