Saiba como a aplicação de algumas tecnologias do presente podem influenciar a experiência do consumidor no futuro.

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Assim como qualquer outro aspecto social, a relação do ser humano com o consumo passou por muitas mudanças nas últimas décadas. As inovações tecnológicas, a revolução digital, a importância das práticas sustentáveis e a busca por relacionamentos fidelizados estão entre as atualizações que moldaram o perfil do consumidor atual.

Outros setores produtivos, como a computação e a geração de energia, também fazem parte desse processo, porém não estão tão próximos quanto celulares, relógios inteligentes e outros dispositivos que fazem parte do nosso dia a dia.

Pensando nisso, nós selecionamos quatro tecnologias do presente com potencial para crescer e transformar a experiência do consumidor em relação a compras on-line, entretenimento, medicina e outras áreas fundamentais da sociedade.

Impressão 3D

Experiência do Consumidor
Foto: Unsplash

A impressão 3D é uma realidade nas diversas empresas que conseguiram, em um período relativamente curto de tempo, incluir a tecnologia em sua linha de produção. A oportunidade de criar protótipos realistas e ferramentas sob medida influenciou no crescimento das vendas globais, movimentando cerca de 12,8 bilhões de dólares em 2020.

Entre as principais vantagens dessa tendência estão: a capacidade de converter arquivos digitais em objeto tridimensionais com as devidas proporções matemáticas; o reaproveitamento de materiais; a possibilidade de testar, de forma prática e eficiente, peças que não podem conter erros, como é o caso de membros protéticos ou ferramentas cirúrgicas.

Algumas dessas aplicações já são impressionantes por si só, todavia a impressão 3D tem potencial para ir além. E um dos fatores responsáveis por isso é o aumento da velocidade de resposta e ação.

Com máquinas mais rápidas e acessíveis, é plausível imaginar um futuro em que praticamente tudo será produzido dessa forma. Em breve, as impressoras serão responsáveis pela fabricação de elementos estruturais, como encanamentos e sensores, joias, utensílios de cozinha e peças de carro.

A customização tende a ganhar um espaço significativo nesse cenário, dado que as partes podem ser confeccionadas de acordo com as escolhas de cada cliente. Uma novidade que influenciaria tanto o mercado automobilístico, quanto a produção de calçados e roupas personalizadas a partir das nossas medidas.

No ramo da alimentação, as impressoras 3D devem fazer parte da produção de carnes feitas com proteína vegetal e de outros alimentos comuns do dia a dia, criando pratos que tenham a exata quantidade de nutrientes que necessitamos para sobreviver. Uma mudança considerável na preparação de refeições e, consequentemente, na experiência do consumidor.

Na medicina, essas evoluções tecnológicas vão possibilitar a criação de órgãos e tecidos humanos a partir de moldes compostos por células-tronco. Uma aplicação que diminuiria as taxas de rejeição, salvando vidas e diminuindo significativamente a fila de espera por transplantes.  

Além disso, a presença de impressoras 3D nas residências pode transformar a nossa vida totalmente. A ideia inicial é estimular a criatividade por meio da comercialização de moldes digitais para que os brinquedos sejam produzidos, montados e finalizados pelos próprios clientes.

Drones

Experiência do Consumidor

Drone é um termo popular que se refere a um tipo de aeronave que não precisa ser tripulada por seres humanos. Sua criação está ligada ao uso militar, porém os equipamentos ganharam novas funcionalidades e se estabeleceram principalmente no setor de entretenimento.

É comum ver canais no YouTube, shows musicais e produções cinematográficas usando imagens capturadas por drones equipados com câmeras de alta resolução. Um bom exemplo disso é a perseguição de motos que ocorre na abertura de 007 – Skyfall.

A pandemia não só ampliou a presença deles na sociedade, como sugeriu algumas aplicações dignas dos livros de ficção científica. As mais interessantes estão ligadas ao monitoramento de aglomerações e à medição de temperatura por meio de câmeras térmicas.

Mas o futuro ainda reserva outras novidades para as aeronaves não tripuladas, começando pelo desenvolvimento de um serviço que possibilita a entrega automatizada de pequenos pacotes. Uma tendência que influencia desde as compras on-line até o transporte de vacinas, medicamentos e órgãos para regiões afastadas do centro.

Outra funcionalidade curiosa está conectada ao reflorestamento de áreas desmatadas. Custeada por uma campanha de financiamento coletivo, a startup Flash Forest pretende usar drones customizados para plantar 100 mil árvores por dia, ultrapassando a marca do bilhão antes de 2028.

Para completar, existe a possibilidade de transformar a experiência do consumidor por meio de aeronaves que funcionam como uma espécie de satélite pessoal. Esses modelos seriam capazes de tirar fotos, postar vídeos nas redes sociais e monitorar o desempenho físico em tempo real.

É claro que evoluções como essa dependem de uma regulamentação que garanta voos seguros em qualquer situação climática. No entanto, isso não parece incomodar os investidores, já que a expansão do setor de drones deve movimentar mais de 42 bilhões de dólares em 2025.

Wearables

De forma simplificada, os wearables englobam todos os dispositivos tecnológicos que podem ser utilizados como peças de vestimenta. Entre tantos exemplos, os mais comuns são os relógios inteligentes desenvolvidos para monitorar atividades físicas.

Essas “tecnologias vestíveis” são tratadas como peças fundamentais na concretização da Internet das Coisas. Afinal de contas, elas permitem que o usuário se beneficie da integração entre seus dispositivos eletrônicos, controlando-os de qualquer distância por meio de comandos simples.

E é justamente por isso que, em um futuro próximo, os wearables se tornarão mais presentes na nossa vida. Inclusive, várias empresas estão interessadas na quantidade de dados gerada por esses equipamentos e na utilização dos mesmos em projetos com o intuito de melhorar a experiência do consumidor.

Algo que também deve influenciar as decisões internas de grandes empresas. Nesse caso, a adoção de tecnologias vestíveis ajudaria a mapear o rendimento e os níveis de satisfação de cada funcionário, possibilitando que o desempenho seja otimizado por meio de ações pontuais.

Uma tendência que vai se espalhar por diversos setores graças à comercialização de roupas que acompanham a atividade muscular, garrafas que medem a hidratação do corpo, adesivos que monitoram o nível de acidez da pele, ternos conectados com a internet e marca-passos controlados remotamente.

Isso sem contar que a maioria dos wearables são capazes de acumular diversas funcionalidades. O Google Glass, por exemplo, é focado na criação de uma realidade aumentada na qual o usuário interage com fotos, reuniões em vídeo e mensagens instantâneas, mas pode ser usado de maneiras interessantes em cirurgias e consultas a distância.

Questões envolvendo a privacidade dos usuários ainda precisam ser analisadas e aprimoradas antes de algumas dessas aplicações se tornarem realidade, mas o mercado mantém suas expectativas. As últimas projeções sugerem que somente a venda de wearables voltados para a medicina deve crescer 23,1%, movimentando 10,28 bilhões de dólares durante 2021.

Realidade Aumentada

Popularizada pelo jogo Pokémon Go, a realidade aumentada se refere à integração de objetos, personagens e outros elementos digitais no mundo real por meio de um aplicativo especializado. O objetivo é ampliar a nossa percepção diante dos ambientes físicos, adicionando informações ou atividades interativas.

A realidade virtual segue uma lógica similar, porém se concentra na inclusão do usuário em um ambiente totalmente digital. A proposta é criar cenários sensoriais e imersivos com capacidade para movimentar diversos setores do entretenimento.

O mesmo tende a acontecer com a realidade aumentada, apesar de alguns aspectos técnicos dificultarem a criação de experiências dinâmicas. Pode parecer estranho, mas sobrepor elementos digitais em cenários reais é mais complexo do que criar um mundo em computação gráfica.

É fácil notar como os filtros do Instagram possuem limitações em relação à movimentação, por exemplo. Falhas que a chegada do 5G promete resolver, já que a velocidade de transferência dessa conexão é dez vezes maior do que a atual.

No entanto, essa espera não muda o fato de que a realidade aumentada é uma tecnologia inovadora e facilmente aplicada em várias esferas da sociedade.

A educação está entre os nichos que devem tirar proveito dessa tendência no futuro. Em meio a várias funcionalidades com potencial para mudar a experiência do consumidor, o destaque fica com a criação de aulas, tutoriais e exercícios imersivos para facilitar o aprendizado por EaD.

No ramo do entretenimento, a expectativa é usar a realidade aumentada para ampliar as experiências vividas em estádios ou shows entre o público presente e os espectadores que escolheram ficar em casa, oferecendo avatares interativos e dados exclusivos sobre as partidas.

No varejo, por sua vez, a ideia é ajudar na escolha de produtos e combinações por meio de provadores digitais, espelhos virtuais e aplicativos que revelam como um móvel específico ficaria na sua casa.

Além disso, é possível usar essa tecnologia a favor da nossa saúde. Nesse caso, os médicos seriam capazes de interagir, em segundo plano, com órgãos em 3D ou com o histórico do paciente durante cirurgias.

Tal abrangência de aplicações é o que viabiliza o crescimento contínuo do “mercado de realidades”. Não é por acaso que os especialistas projetam uma movimentação financeira superior a 117 bilhões de dólares entre as realidades virtual e aumentada até 2025.


Há alguns anos, a maioria das aplicações que cercam essas tecnologias pareceriam frutos de um filme de ficção científica. No entanto, atualmente, todas elas fazem parte da nossa realidade, apontando para um futuro marcado por adjetivos como progresso, inventividade, customização e agilidade.

No Brasil e no mundo, várias empresas estão apostando que essas palavras vão transformar a experiência do consumidor de uma vez por todas, e não estão erradas. Muito pelo contrário: essas organizações estão saindo na frente da concorrência e conquistando mercados que nunca mais serão os mesmos.


Quer se preparar para as mudanças do futuro? Acesse o nosso Blog e conheça outras tendências que afetam setores como o entretenimento, a medicina e a produção industrial.

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