A fatura chega todo mês e o costume da maior parte das pessoas é olhar direto para o valor, se questionar, pensar que precisa economizar e seguir em frente. Assim é a relação da maior parte dos brasileiros com suas contas de energia.

Antes de pensar em cortar gastos referentes a energia elétrica, devemos nos preocupar em entender de onde eles vêm e como funcionam. Assim, é possível traçar uma estratégia mais assertiva para um consumo consciente de energia.

A conta de luz é o meio de comunicação entre você e a distribuidora. Ela traz informações importantes e desconhecidas pela maior parte das pessoas. Além disso, a análise bem feita da fatura é primordial para entender o custo que sua empresa tem com eletricidade. 

Pensando nisso, trouxemos dicas importantes de como entender a conta de luz, seja para sua empresa ou para sua residência. Acompanhe a seguir!

1. Entendendo a distribuição de energia no país

Imagem de uma lâmpada, posicionada em uma superfície branca.
Por conta dos reajustes sofridos nos últimos anos, a busca sobre como entender a conta de luz cresceu entre os brasileiros.

Previamente, é importante salientar que o Brasil não possui uma única distribuidora de energia. Cada estado possui sua própria, entre privadas e estatais. Dessa forma, torna-se impossível uma padronização nas contas de luz, pois cada empresa faz de uma forma, baseando-se na tributação estatal.

Entretanto, temos a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Ela é uma autarquia federal responsável pela regulação das faturas e pela fiscalização das empresas, desde o fornecimento, distribuição, taxação, até a cobrança. 

Por esse motivo, as faturas não são idênticas. Para te ajudar, buscaremos identificar conceitos chaves que estão presentes em todas as contas de luz do país, baseado no que é exigido pela ANEEL. 

De acordo com a Resolução Normativa n° 414/2010, estipulada pela ANEEL, todas as faturas de energia elétrica em território brasileiro devem ter essas informações: 

  • Número de instalação: código que identifica o consumidor na distribuidora;
  • Data de emissão: onde é possível ver o mês em referência do consumo de energia;
  • Vencimento: data limite para pagamento da fatura sem cobrança de juros;
  • Dados cadastrais do cliente: aqui, o consumidor pode conferir seus dados ou de sua empresa e endereço. Neste campo, está o nome da unidade consumidora, classificação e tipo de ligação e dados do medidor;
  • Informações Fiscais: número do cliente, número da nota fiscal, série, alíquota, base de cálculo e ICMS;
  • Dados de leitura do medidor: nesta parte, pode-se observar a data da leitura anterior, da leitura atual e até uma previsão da próxima leitura;
  • Valor total a pagar: valor completo da conta de luz. Também aparecerá aqui eventuais cobranças que foram autorizadas por você, como parcelamento de dívidas e doações;
  • Histórico de consumo: um relatório sobre seu consumo de energia nos últimos 13 meses;
  • Tarifas: valores referentes ao tipo de tarifa que está sendo cobrado;
  • Bandeiras tarifárias: o tipo de bandeira (verde, amarela ou vermelha) que está sendo cobrada na leitura;
  • Notificações: campo para aviso ou reaviso de débitos e serviços de manutenção;
  • Dados técnicos da instalação: classe de consumo, tipo de relógio e tensão nominal;
  • Indicadores de qualidade do serviço: dados que dizem respeito à qualidade do fornecimento de energia para o seu endereço. 

2 . Tributos

Imagem de um homem e uma mulher sentados em frente a uma mesa de madeira, entendendo a conta de luz. Ela faz anotações com uma caneta, enquanto ele segura um celular e aponta para a folha de papel. Sobre a mesa, há uma calculadora e uma caneca.
No Brasil, os consumidores pagam tributos na conta de luz sobre bens e serviços, além de produtos adquiridos.

Um dos fatores que mais encarecem a conta de luz são os tributos. Por conta disso, é essencial compreendê-los para entender sua conta de luz. Na conta de energia esses tributos e encargos são divididos de 4 formas. 

Tributos Municipais: CIP/COSIP (Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública) tem como objetivo financiar a manutenção, instalação e melhorias da iluminação de vias públicas, rodovias, praças, ruas e demais bens públicos.

Tributos Estaduais: ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) tal tributo é de natureza estadual. Cada estado tem autonomia para estipular uma alíquota diferente, fazendo com que o valor tenha grande variação de um estado para o outro, pois na conta de luz ele representa a maior parcela de taxas para o consumidor. 

Tributos Federais: PIS (Programa de Integração Social) é arrecadado pelo governo para completar a renda para o pagamento do seguro-desemprego, participações dos órgãos entidades tanto para trabalhadores públicos e privados. O COFINS (Contribuição para o Financiamento do Seguro Social) também possui colaboração de caráter social. 

Encargos Setoriais: os encargos setoriais foram criados para tornar viável a implantação e desenvolvimento do setor elétrico e para políticas públicas energéticas do Governo Federal. Tais encargos somam aproximadamente 9% na sua conta de luz.

3. Tarifas 

Caso esteja com sua conta em mãos, é possível encontrar nela uma indicação, provavelmente B1. Essa é a sua classificação como consumidor

A ANEEL divide os clientes em dois grupos. Com base na tensão que recebem de energia, são estabelecidas as tarifas que cada um vai pagar.

No grupo A, estão as grandes indústrias e comércios — são consumidores que recebem energia de média e alta tensão (2,3kV). 

No grupo B, estão presentes as residências, instalações na zona rural, iluminação pública e empresas de pequeno porte. Em casa, a energia chega em baixa tensão e a tarifa é feita de forma simples. 

4. Bandeiras

As bandeiras foram criadas pela Resolução Normativa nº 547 da ANEEL. Ao observar sua conta de luz, veja a área de informações importantes. É nesse campo que estará a bandeira tarifária, com o objetivo de sinalizar se houve algum aumento em relação ao custo da energia. 

Como grande parte da produção de energia no Brasil vem de hidrelétricas, em períodos de seca, o nível dos reservatórios das usinas caem e é necessário suprir a falta com outras formas de produzir energia, como as térmicas que têm o custo mais elevado. 

Veja as diferenças entre as bandeiras:

  • Verde: não há aumento.
  • Amarela: acréscimo de R$ 0,01343 para cada kWh consumido
  • Vermelha: dividida em dois patamares. O primeiro possui aumento de R$0,04169 para cada Kwh consumido e o segundo de R$0,06243.
  • Bandeira de escassez hídrica: recentemente, a ANEEL implementou uma nova tarifa. A taxa é de R$14,20 para cada 100 kWh e permanecerá até abril de 2022. 

5. Calculando gastos

Imagem de uma pessoa sentada em frente a uma mesa de madeira, enquanto segura uma caneta sobre uma conta de luz. Em cima da mesa, também há um notebook, uma calculadora, um bloco de notas, um par de óculos e duas canecas.
A base de medida utilizada para calcular e entender a conta de luz é o Quilowatt-Hora (kWh).

É importante entender as unidades de medidas usadas na conta de luz, que são W, kW e KWh.

O W, que significa Watts, é a unidade de potência do Sistema Internacional de Unidade (SI). Ele é o mesmo que joule por segundo. 

Já o kW, significa Quilowatt. É múltiplo do Watt (W) e equivale a mil watts ou 10³. Além disso, é o medidor de energia que você pode encontrar na informação de embalagem de vários produtos elétricos. 

Na mesma linha, o kWh, quer dizer Quilowatt-Hora. É através dele que se mede o consumo por hora de uma casa, empresa ou/e equipamento. Dessa forma, você pode medir o consumo de luz mensal de sua residência ou de um equipamento, usando a seguinte fórmula:

Valor cobrado (R$) = Consumo (kWh) x Tarifas

*Consumo (kWh) = Potência (W) x horas por dia x 30 dia

1000

*Considerando a potência de cada equipamento e horas de uso por dia.

Assim, é fácil saber qual foi o impacto de um aparelho na sua conta. Por exemplo: se um ar-condicionado fica ligado cinco horas por dia durante todo o mês e ele tem uma potência de 950 W, o gasto mensal desse aparelho será de aproximadamente R$81,79. Neste cálculo, foi considerada uma tarifa de R$0,574 por kWh. 

Lembrando que esse preço é definido pela ANEEL e pode variar de acordo com sua distribuidora de energia

Energias sustentáveis

Na imagem, há uma fazenda solar, com diversos painéis solares sobre um vasto gramado.
O uso da energia solar residencial contribui ativamente com a redução de custos na conta de luz e com o bem-estar global através do consumo consciente.

Ao fazer os cálculos citados anteriormente e prestar atenção às dicas de como entender a conta de luz, é possível obter uma melhoria significativa na sua economia de energia

Entretanto, existem outras formas de poupar energia, como a contratação do sistema de energia solar compartilhada. Ele transforma a energia solar em energia elétrica, resultando em economia para o seu bolso.

A Bulbe é responsável pelo intermédio, através de nossas fazendas solares. Por isso, possibilitamos a distribuição de energia limpa e renovável, sem que você se preocupe com a instalação, contribuindo para um futuro sustentável. 

Acreditamos na energia sustentável para sua residência ou sua empresa. Venha fazer parte dessa mudança!

Gostou das dicas? Para saber mais sobre economia de energia acesse nosso blog!

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